Elon Musk anuncia lançamento do Starlink para conectar 19 mil escolas e monitoramento da Amazônia
Bilionário chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira (20) para encontro com Bolsonaro, políticos e empresários. Ele não detalhou como pretende prestar os serviços e nem quando.
Monitoramento da Amazônia
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, conta com três tipos de sistemas de monitoramento da Amazônia atualmente:
o Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes);
o Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter);
e o TerraClass, que mapeia o uso da terra após o desmatamento, em parceria com a Embrapa.
Apesar da alta taxa de desmatamento detectada, com mais de 13 mil km² de desmatamento pela plataforma Prodes, o monitoramento não resulta em fiscalização: dados divulgados em fevereiro deste ano apontam que apenas 1,3% dos alertas resultaram em ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
Entenda como funcionam satélites que monitoram desmatamento na Amazônia
Para Tasso Azevedo, coordenador do Mapbiomas e especialista em monitoramento ambiental, a oferta de Musk seria bem vinda, mas não substitui o que já existe.
"Não são satélites óticos, eles não conseguem enxergar coisas na superfície, no território, o que é usado para fazer monitoramento do desmatamento", explica.
"O monitoramento do desmatamento está sendo feito com excelência pelo Inpe e várias outras organizações, o Mapbiomas é uma delas também. Não é por falta de achar desmatamento e monitorar, que a gente não tem fiscalização e controle do desmatamento. Pelo contrário, o que falta é essa parte da fiscalização e do controle", afirma.
"(Os Starlink) são satélites de comunicação, para prover internet em alta velocidade, e isso sim é muito bom. Vai permitir ter internet em qualquer lugar basicamente do planeta."
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